sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Crônicas do dia a dia - Sogra briguenta


- Meninas eu tive uma briga feia com meu filho! – Gritou Isadora.
- É normal brigar com os filhos. – Bella gritou da cozinha. – Larga de tanta aflição.
- O problema é brigar por que ele ta namorando. – Isadora pigarreou. – E briguei também com a namorada dele.
- Não me diga que você é daquelas mães que se sentem dona da vida do filho. – Disse Flor. – Você tem vida própria, pelo amor!
- Você fala isso por que não tem filhos Flor, o Matheus ta saindo com uma menina pavorosa. É uma safada!
Milla gargalhou.
- Por que você ta xingando a menina? Já vi tudo, é a velha rixa entre sogra e nora!
- Só pode ser isso! – Flor confirmou.
- Não é nada de rixa! A menina não sabe o que quer, uma hora namora e outra termina, tem um ex-namorado que fica perturbando... A cretina fica fazendo meu filho de idiota.
- Mas isso é normal né Isadora, são adolescentes! – Bela se sentou no sofá.
- Não acho normal não, se quer assumir compromisso que saiba o que ta fazendo.
- Nossa você vai querer casar eles quando mesmo?! – Flor gargalhou.
Isadora se enfureceu e colocou as mãos na cintura.
- Esta menina é uma safada, sem vergonha, pra não dizer uma vagabunda de beira de esquina!
- Êpa! Pera ai. – Bela se levantou. - Então todas nós somos tudo isso, inclusive você! Quando você aponta o dedo pra uma mulher, ele ta apontado pra você também.
- Calma Bela, a menina também não é santa. – Disse Milla.
- Ninguém é! – Gritou Flor. – Eu tô com a Bela. Se for assim nenhuma de nós presta.
- O seu filho esta conhecendo pessoas, como ela. – Bela disse com calma.
- Mas então por que querer se comprometer e ficar toda hora terminando e de rolo com o ex? – Milla Cruzou os braços.
- Cada um tem um jeito. Se o seu Matheus não tá curtindo o que ela ta fazendo que saia fora, que namore outra. Tod@s ficamos confus@s as vezes.
- Até parece que é fácil assim neh. – Isadora fechou o cenho. - Tô com pena do meu filho, coitado.
- Mas todo mundo sofre por amor Isadora, isso é normal. – Flor suspirou. Esta se preocupando a toa.
- Sofrimento é ouvir as suas falas machistas. – Bela cruzou os braços. - Imagine se o Matheus fosse uma menina!
- Ia ser terrível também. – Isadora grunhiu. – Mas mulher quando quer mandar...
- Homem bate, humilha, faz de tudo quando quer mandar também. – Flor insistiu.
- Mesmo assim...
- Não tem isso Isadora, as mulheres conquistaram certa independência, mas as questões machistas são muito fortes. – Bela olhou pra amiga. - E você ficar falando que a menina que o seu filho ta saindo é vagabunda, por estar indecisa ou conhecendo pessoas, como ele também faz, não ajuda em nada.
Isadora ficou quieta, com os olhos arregalados.
- Não tinha pensado por este lado.
- É que a gente costuma olhar só o nosso lado. – Disse Flor.
- Flor você não tem filhos, não entende como é difícil esta fase.
- Eu não preciso ter filhos Isadora, eu tenho a mim, as minhas experiências, de amigos, sabemos que às vezes o amor não bate com a pessoa que a gente quer, ou estamos em vibes diferentes, daí sempre tem alguém que se machuca. Relações são difíceis, isso não é segredo.
- Isso é verdade. – Disse Milla.
- Não sei nem o que dizer. – Isadora suspirou. – Pelos filhos a gente fica cega. O que eu tô falando não tem nada a ver mesmo. – Ela suspirou.
- Eu sei que você não é má pessoa, e que ta querendo defender o seu filho. Mas eles precisam aprender a se defender sem colocar a culpa em ninguém.
- E a culpa sempre é da mulher né! – Flor bufou. – Isso cansa. Meninas também querem se divertir, tipo como nós também fazemos e meninos sempre fizeram.  
- E isso não quer dizer que não fazemos umas palhaçadas as vezes, todo mundo faz! – Disse Bela. - Somos humanas.
- É claro que erra, todo mundo pisa na bola as vezes. Então diga que ela é mau caráter, traíra, ou infeliz... Fala do que ela fez e não pelo gênero. Isso é horrível!
- Isso não adianta nada Bela. – Milla revirou os olhos. – Nada a ver não xingar a pessoa do jeito que a gente quer, estamos acostumadas a falar essas coisas, na hora do nervoso sai.
- É só desacostumar ueh! Ninguém nasceu dizendo isso. Aprender outras coisas faz bem, evolui!
- Nós mudamos aos poucos, outras pessoas também. Assim as crianças não veem nada disso e não repetem. Quando vai ver, daqui a 400 anos vai estar praticamente extinto xingar uma mulher de vagabunda, puta ou qualquer coisa dessas.
- Sim, vagabunda só se ela não trabalhar. – Flor gargalhou.
- Vocês estão certas meninas. – Isadora suspirou. – Fiquei até com vergonha agora.
- Bom é você ver que este não é o caminho. - Disse Bela. - Eu sei falando de filhos é difícil controlar. Eu fico preocupada com a Julia também, e ela só tem 12 anos, mas quando começar a namorar não vai ser fácil.
- Eu sei, vou pensar mais nisso que você disse. – Isadora quis chorar. - Mas continuo preocupada, eu vi o meu filho chorando tanto, fiquei morrendo de dó! Acho que ele nunca mais vai ficar normal de novo ou vai demorar muito. Já faz uma semana que ele tá mal.
- Isso passa, todo mundo já chorou por isso. – Disse Flor olhando as unhas.
- Logo ele vai ficar bem. – Disse Milla. – Eu sei bem o que é isso. – Ela riu.
- Quando isso passar vou comemorar. Nem que seja com beijinho e brigadeiro, por que é digno de uma festa!
A porta abriu.
Matheus entrou em casa cantarolando.
As quatro meninas pararam de falar e se olharam.
- O que você tem? – Isadora colocou a mão na testa do filho. – Você estava chorando feito uma criança ontem a noite.
- Eu to bem mãe.
- E a Aninha? Vocês estão bem?
- Mais ou menos. – Disse Matheus. - Ah mãe eu to falando com a Flavinha, a menina é mó gente boa. A gente ta marcando de ir no cinema amanhã.
Isadora arregalou os olhos.  
- Entendi filho.
Na cozinha Isadora abriu a geladeira.
- Meninas, alguém quer bolo de chocolate!? - Isadora gargalhou. 

Texto: Grazy Nazario.





sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Cronicas do dia a dia - Conversa de Whatssap

Flor conversava empolgada no telefone quando Milla chegou com Isadora.

- Esta pronta pra baladinha? – Perguntou Milla, sem esperar que a amiga desligasse.

Flor só balançou a cabeça que sim.

- Custa esperar eu terminar de combinar o rolê  com o boy,  Milla? – Perguntou Flor.

- Como assim rolê com o boy? Nós não vamos sair hoje? – Perguntou Isadora.

- Vamos sim, mas eu chamei ele pra ir junto.

- Ele quem? - Perguntou Milla.

- O Marcinho ueh! 

- Ainda este cara? – Milla disse sarcástica. – Isso vai dar namoro.

- Acho que sim. – Flor riu.

- Eu não to ouvindo isso! – Gritou Isadora animada.

- Nossa gente! vocês não sabem o que querem mesmo! – Flor bufou. – Se falo que não quero namorar reclamam, se eu vou namorar ficam fazendo escândalo.

- Ta bom. – Milla gargalhou. – É que é engraçado, você nunca quer falar desse assunto.

- Vamos logo pra este rolê, por favor. Chega de falar disso. – Disse Flor enquanto se ajeitava pra sair.

As amigas chegaram no bar. Flor foi se encontrar com o rapaz enquanto as amigas sentaram numa mesa. O bar começou a encher e logo as amigas se perderam de vista.

 Mais tarde Flor foi até as amigas.

- Preciso ir embora. É urgente!

- Eita,  cadê o boy? - Perguntou Milla.

- Depois eu explico. Vamos antes que ele venha atrás de nós.


Isadora e Milla se assustaram, agarraram no braço da Flor e saíram.

Em casa, Isadora e Milla  pediram mais explicações para Flor.

- Espera ai Flor. Você está  dizendo que o cara que você disse que queria namorar, leu todas as suas conversas do whatsap sem a sua autorização? - Perguntou Isadora.

- Isso. - Respondeu Flor desanimada.

- E foi botar moral em você no meio da baladinha? - Isadora pôs a mão na cintura. - Os caras perderam a noção, só pode!

- Mas como você deixou isso acontecer? - Milla revirou os olhos irritada.

- Eu não deixei Milla, ele olhou escondido enquanto eu tomava banho. Eu nunca ia mostrar as minhas conversas.

- Mas como você deixou o seu celular desprotegido?! Você tem que levar o celular até no banheiro sua louca! – Disse Isadora.

- Mas ele é que foi desonesto!

- Tudo bem, mas você se descuidou. Até eu sei que o seu celular desbloqueia fazendo um F.

- É verdade. – Disse Milla levantando a mão. – Eu também sei que a senha é esta.

Flor bufou.

- Ta, mas o que ele viu? – Milla riu. – Tinha alguma coisa comprometedora?

- Varias neh! Eu tô solteira gente. Tenho meus contatinhos, os caras investem e eu fico conversando. Além de ter falado sobre ele com vocês quando o sexo não era muito bom... E coisas que a gente conversa na intimidade! 

- Vixi! – Isadora pôs a mão na cabeça. – Ai deu ruim.

- Você também não aquieta esse facho, né Flor.

- A minha agenda é cheia mesmo, eu ainda não estava namorando com ele. Bom que não dispensei ninguém bacana!  

- Nossa que mancada, o coitado deve ta se sentindo traído!

- Milla! – Isadora e Flor gritaram juntas.

- Ele não é um coitado. – Gritou Isadora. – Ele invadiu a privacidade da Flor, expôs a vida dela e não respeitou as decisões dela. Que tipo de namorado este cara seria?

- Você ta certa Isadora. – Resmungou Flor. – Ele foi muito canalha de fazer isso. Eu não tenho vergonha de nada que estava lá, ele é que tem que ter e não falar comigo nunca mais!

- Imagina se você olhasse o celular dele, podia ter de tudo lá também, ele  não é santo.
Se esta desconfiado deve estar devendo! - Resmungou Isadora.

- Claro que sim!

- Caramba gente! Pensei que a Flor ia desencantar e namorar o cara, vocês formavam um casal tão bonitinho! - Disse Milla.

- Namorar pra isso, prefiro ficar sozinha! Se esta assim sem namoro, quando namorar vai querer fazer inspeção no celular todos os dias.

- Verdade, relação sem confiança não tem condições.

- Eu estava gostando dele, mas é só parar! - Flor riu.- Vou ficar de boa e sem confusão.

Flor levantou.

- Vou pegar uma cerveja.

Flor voltou  com três long neck.

- Vamos beber, por que depois dessa... - Disse Isadora. 

- Não fica triste Flor. – Disse Milla. – Você  pensa em perdoar isso? 

- Não! - Flor esbravejou. - Isso não é pra perdão.

- Ah... Eu queria ver você namorando! - Milla riu.

- Chega desse assunto Milla. - Disse Isadora. - Vamos tentar terminar esta noite deixando a Flor mais calma.

- Do jeito que a Flor é, logo vai sair com o Gustavo. Ele ta te chamando para um programa dez, semana que vem. Fazer o que né!

- Pera ai ! - Disse Flor olhando as mensagens no celular. - Como você sabe dessas coisas.

Milla gargalhou.

- Você ainda não mudou a letra F!

- Cachorra!

- Muda logo esta senha, que até o seu gato já sabe! - Isadora gargalhou.

- Não! Vou comprar um celular que desbloqueia com a digital. Sua curiosa e incherida!

- É brincadeira. Mas ta vendo como você é desligada?

- Eu vou usar números! - Disse Flor.

- Boa ideia. – Milla riu. – Só não usa a data do seu aniversário por que todas as suas senhas de banco já estão com este número.

Todas se olharam e riram! 


Texto: Grazy Nazario.








sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Relacionamento sério - Cronicas do dia a dia


- Amiga dessa vez eu tenho certeza que vai! – Disse Milla ao se jogar no sofá com o celular na mão. – Ele é demais!

- Vai aonde Milla? – Disse Flor enquanto olhava as unhas.

- Como assim aonde louca. Vamos namorar ueh, relacionamento sério. – Ela riu – Já ouviu falar disso?

- Olha. – Flor pôs a mão no queixo. – Faz tempo que não sei o que é isso, e realmente não to muito afim de saber.

- Para de ser chata! Não começa com sua implicância com relacionamentos. – Milla se sentou e pôs a mão na cintura.

- Não é implicância, é que é sempre a mesma coisa. – Flor bufou. – Eu tô cansada disso.

- Sei que ta cansada, mas toda hora ta com boy novo.

- Sim. Uma coisa é uma coisa... Não tem nada a ver uma coisa com outra. – Flor riu.
Isadora chegou com três long neck.

- Eu não vou beber. – Gritou Milla. – Vou encontrar meu crush novo, não quero ta com bafo de cerveja.

Isadora gargalhou.

- Entendi. Ai ele chega caindo de bêbado.

- Vira esta boca pra lá Isadora! – Gritou Milla. – To achando que meus relacionamentos não andam por isso...

- É muita energia ruim neh Milla? – Flor ironizou.

- Isso mesmo. – Milla ergueu o queixo.

- Energia ruim o que garota. – Isadora abriu a cerveja. – Vai ficar deixando de beber pra agradar a quem? Daqui a pouco não vai mais poder sair com a gente, nem conversar.

- Eu nunca disse isso! – Milla disse irritada.

- Mas nem precisa dizer né Milla. – Flor deu um gole na cerveja. – Se você não toma uma cerveja enquanto estão ficando, imagina quando o namoro firmar.

- Se é que firma né, porque a Milla não é fácil. – Resmungou Isadora.

- Para gente! Pelo amor. – Milla se irritou. – Que torcida contra.

- Não é torcida contra, mas dizer que não vai beber uma cerveja com a gente porque vai encontrar um cara que conheceu ontem. – Flor revirou os olhos. – Escova os dentes né!

- Eu não quero cerveja hoje, só isso. To nervosa. – Milla suspirou. – Logo vou me arrumar e encontrar ele. - Ela fez olhos de apaixonada.

- Você ta empolgada mesmo! – Isadora riu. – Que bom, só não queira fazer tudo ao mesmo tempo ta, deixa rolar.

- Mas eu não sou assim, quem vê você falando pensa que eu sufoco as pessoas. – Respondeu Milla irritada.

Flor pigarreou.

- Só as vezes.  – Isadora tossiu.

- Gente, eu não quero ter DR não ta, só quero sair com um carinha e ficar de boa.

- Entendi, mas não fala de casamento, promete? – Pediu Flor.

- Lógico que não louca! – Ela riu. – De onde você tirou esta ideia Flor?

- Do ultimo encontro, aquele com o Renato que você disse “nas entrelinhas” que queria que ele fosse o pai dos seus filhos.

Milla sorriu sem jeito.

- Aquilo foi um erro de percurso, eu não faria isso de novo. - Ela suspirou.

Isadora gargalhou.

- Conta outra garota. Você é obcecada por casamento.

Milla arregalou os olhos.

- Isso é exagero seu. Eu só não nego que quero me casar. Pensa comigo eu já tenho 33, até eu casar 34, viver um pouco a vida de casada 35 e depois ter um filho 36, quase 37. Serei como avó do meu próprio filho. – Ela pôs as duas mãos no rosto.

- Nossa, que matemática louca! Por que a vida da gente deve ser toda programada assim? – Disse Flor  – Fiquei tonta aqui.

- Você diz isso por que já decidiu que não quer filhos, e já viveu com uma pessoa. Já cansou de dizer que não quer mais viver isso... – Respondeu Milla.

- Você não sabe o que eu quero, principalmente por que nem eu sei. – Flor arregalou os olhos e afirmou com a cabeça.

- Milla, a Flor tem razão, você faz muitas contas. – Isadora bebeu dois goles de cerveja. – Deixe ser natural.

- Você também não pode dizer nada Isadora. Já se casou e tem o seu filho, eu quero viver essas coisas, será que posso?

- Que coisas? – Flor insistiu. - Que papo louco, você ta brisando. – Ela gargalhou. – Isadora, você conta ou eu conto?

Ambas começaram a gargalhar.

- Obrigada por me deixarem de fora dessa diversão. – Disse Milla emburrada.

- Não é isso gata! – É que você fala como se o casamento fosse a melhor coisa do mundo, e esta longe de ser. – Isadora riu. – Chega a ser engraçado o jeito como você fala.

- Eu sei que não é a única coisa pra se fazer da própria vida, mas eu quero fazer isso.

- Que bom! Pelo menos isso você sabe que existem mais coisas a fazer! – Disse Isadora.

- Ta legal, não tem como a gente interferir nisso. – Flor se intrometeu. – É uma escolha sua. Mas será engraçado depois que você dividir com a gente a sua experiência, por que eu vou dizer: Eu te avisei!

- Engraçadinha. – Milla mostrou a língua. – Eu sei que não são tudo flores.

- São poucas flores, na verdade. – Isadora resmungou.

- Gente, eu preciso falar com pessoas que gostem do casamento. – Milla bufou. - Vocês estão muito negativas com este assunto.  

- Você tem razão Milla. – Isadora disse seria. – Não é por que eu não me dei bem com o pai do meu filho que você necessariamente não viva um bom casamento, e pode ser que viva além dos sete anos que fiquei casada.

- Verdade. – Flor suspirou. – E mesmo que vocês se separem como aconteceu com nós duas. O que vale são os bons momentos, nada precisa ser pra sempre, nem a vida é eterna, por que o casamento precisa ser? – Ela sorriu delicadamente.

- Credo! Eu nem casei e vocês já estão fazendo o meu divorcio. É inacreditável.

As amigas riram contidas, enquanto Milla foi ao banheiro.

- Desculpa amiga. – Disseram Flor, e Isadora na sequencia.

- A gente só se preocupa com você. – Disse Isadora.

- Pense primeiro num namoro legal, divertido, ou sei la. – Disse Flor. - Não deixa essas formalidades ser maior que as coisas importantes entre as pessoas, o relacionamento em si.

- Eu não to mais na pilha. – Milla respondeu desanimada. – Eu só não escondo que tenho esta intenção.

- Ta ok. Isso nós já entendemos. – Respondeu Flor.  – Não vamos mais falar nada contra. Vai encontrar seu futuro noivo e marido vai. Ficaremos aqui na torcida.

- Não vou mais. – Respondeu Milla.

- Não fala assim que me sinto culpada! – Berrou Isadora.

- Ele desmarcou. – Ela pôs a boca de lado. – O filho dele teve um problema e ele teve que cancelar.

- Nossa que pena! – Disse Flor sem graça. – Depois vocês remarcam...

- Sim. – Disse Milla. – Simbora organizar a viagem de amanhã. – Ela esfregou as mãos com animação. – Com este sol vai dar praia.

Flor e Isadora se olharam, e depois pra Milla.

- Não me olhem assim.

- Você não vai dizer nada?  - Perguntou Isadora.

- Passa a cerveja! - Disse Milla.

– Ta na mão! -  Elas gargalharam.




Texto: Grazy Nazario.

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Não é só no circo que tem palhaço

  Flor chega em casa furiosa. Joga a bolsa no sofá, bebe água e olha o celular. Percebe que tem pelo menos dez mensagens. Ignora todas e b...