- Meninas, ontem enfim sai com o
Paulão! – Disse Flor empolgada.
- Ebaaaaa! – Milla falou ao
correr pela sala da amiga. – Até que enfim! – Ela bateu palmas.
- Me conta tudo sua maníaca
sexual. – Exigiu Isadora enquanto saboreava sua marguerita. – Ela riu. – Conta
logo, ele mandou bem?
- Vamos Flor, pare de matar a
gente de curiosidade. – Isabela sentou no sofá e fixou os olhos na amiga. –
Quero saber dos detalhes sórdidos.
- Vocês nem imaginam. – Ela torceu
o lábio, e balançou a cabeça. – Foi uma decepção.
- Como assim amiga, com aquele
bíceps e tanquinho! – Retrucou Milla. – Você ta brincando.
- Lógico que eu não ia brincar
com isso Milla, o cara foi horrível!
- Mas o que aconteceu? Vocês não se
sentiram á vontade um com o outro, ou não rolou química mesmo? – Perguntou Isabela.
- Já sei! Ele tem o pinto
pequeno! – Isadora gargalhou.
- Até que não, o instrumento dele
tem um tamanho bom. – Flor riu. – É que ele não sabe usar mesmo, ficou se
olhando no espelho o tempo todo, colocando uma força nada a ver, parecia que
estava na academia puxando ferro, o cara foi um mala.
- Meu Deus! Tanta demora e suspense ele fez, e o cara é
sem noção!? Aposto que não se preocupou com seu prazer. – Milla cruzou os
braços emburrada.
- Gata, ele se preocupou com o
espelho. – Flor bebeu cerveja. – Garanto que não tem nada a ver com o tamanho,
ele não sabe usar mesmo.
- Como assim, vai dizer que você
acha que tamanho não é documento?- Perguntou Isadora.
- Eu acho que é documento sim. –
Gritou Milla. – Gosto de um documento grande e bem apresentável.
- Eu não concordo. – Disse Isabela.
– Posso dizer que o mais importante é se entenderem nas preliminares, posições
e no tempo certo.
- Você só namorou dois caras Isabela,
e não transou com muitos além deles. – Milla se intrometeu.
- E o que isso tem a ver Milla? –
Disse Isabela
- Ué, que você não te muito
parâmetro. – Milla riu.
- Calma gente, eu concordo com a Isabela.
– Flor se jogou no sofá. – Tamanho não é o mais importante. Mas eu compro do tamanho
que eu quero na lojinha! – Ela gargalhou.
- Mas tem a sua importância, se
fosse assim ninguém queria sexo com penetração, ficariam sós nas preliminares e
tava linda! – Milla insistiu.
- Eu já namorei um japonês. –
Gritou Isabela. – E o dele tinha um tamanho normal.
- Ta, mas ele mandava bem? – Perguntou
Isadora.
- Não! – Isabela gargalhou. –
Caraca, a gente ta mal hein!
- Eu já fiquei com negão, e o
tamanho “super” é lenda, mas ele foi bacana. – Disse Isadora.
- Eu já sai com um super dotado!
– Milla gargalhou. – Foi maravilhoso. – Mas ele se achava muito, ficou me dando
canseira pra sair de novo. – Ela revirou os olhos. – Estes caras são
folgados...
- Para Milla! – interrompeu Flor.
- Eu não ia dizer nada demais. – Milla fez cara de desentendida.
- Eu não ia dizer nada demais. – Milla fez cara de desentendida.
– Estamos falando de tamanho de
pinto e performance sexual, e isso não tem nada a ver com romance ou namoros. –
A moça sorriu suavemente. – Já sei onde você vai chegar com essa conversa.
- Nossa que falta de romantismo.
– Ela torceu a boca descontraída. – Namorar um cara que transa bem é muito bom
tá!
- Sim, é o CEU! Mas não é este o
caso agora. – Flor se levantou, e gesticulou com as mãos. – O caso é como eles
se comportam com as mulheres, em tempos que sabemos diferenciar quando uma
transa é boa ou ruim.
- Entendi, gostei disso. – Milla
sorriu. – Podemos falar disso com alguma propriedade. - Mas continuo gostando
dos que tem um grande “potencial”.
- Eu também acho que quando maior
pode ser mais divertido, por que se o cara não mandar muito bem no resto, pelo
menos dá pra falar de alguma sensação né. – Isadora se divertiu.
- Dor também é sensação ta gente!
– Isabela se levantou. – Essa conversa ta me dando arrepios.
- Eu acho que é relativo. – Flor se
intrometeu. – Eu já transei com um cara que tinha o pinto pequeno e não era
grosso. - Ela riu descontroladamente. – Mas ele mandava super bem, sai com ele
várias vezes, era muito bom. – Ela fez cara de prazer. – Acho que vou ver se
ele ainda esta na minha lista de contatos.
- Então quer dizer que estes
caras super bombados não funcionam bem? – Disse Isadora. – Pensei que fosse
lenda.
- Comigo não rolou. Mas pode ser
que funcione. – Disse Flor.
- Para o sexo ser bacana, acho
que ser tudo na medida, tamanho, química e pegada, e o Paulão não se importar
com nada disso é mega decepcionante. Aff, já que vai fazer que faça direito
neh. – Disse Isadora com as mãos na cintura.
– Que chato, colocar uma lingerie nova, roupa,
se preparar toda pra não sentir uma gotinha de prazer. Muito babaca. – Milla
Cruzou os braços.
Flor se levantou e pegou o celular. E em
seguida voltou decepcionada.
- O que foi Flor, por que fez
esta cara? - Perguntou Isadora. – Não me
diga que esta preocupada se o Paulão te ligou.
- Imagina, quem iria querer viver
aquele horror de novo? – Ela ficou pensativa. – E... Duvido que ele fale comigo
de novo, sé se fosse bem resolvido. – Ela revirou os olhos. – O que é difícil para
homens desse tipo.
- Mas o que você fez pra ele? -
Disse Milla.
- Nada demais, mas acho que ele
não gostou muito. Eu tinha levado os meus brinquedinhos, e ele não quis nem
olhar. Então depois que ele parou e me deixou na vontade eu fui ao banheiro, e
disse a ele que sentiria prazer sozinha. – Flor olhou pra amiga com cara de
safada.
- Você não fez isso sua louca?
As três gritaram com os olhos esbugalhados.
- E por que eu não faria? Ele
ficou bravo, mas a esta hora já estava sem força pra qualquer coisa, pediu pra
eu esperar um pouco, mas eu estava cansada. Varias marcas roxas!
- Você enlouqueceu. – Afirmou
Isadora com a boca aberta.
- Ele ficou tanto tempo agindo
como se estivesse competindo que se esqueceu do mais importante, interagir. –
Flor deu de ombros.
- Você tem razão! – Milla
gaguejou. – Ele mereceu.
- Assim, quem sabe quando ele
sair com outra garota aprenda a ouvir e se importar, sexo é troca de prazer. –
Flor levantou o copo em brinde.
- Verdade. – Riu Isadora. – Mas
acho que pro Paulão só uma coisa ajuda.
- O que? – Disse Flor.
- Que tirem todos os espelhos do
motel!
Texto: Grazy Nazario.